sábado, 13 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um apelo às TVs: mostrem o Inter!

O ESTADO DE SÃO PAULO
Um apelo às TVs: mostrem o Inter!
31/05/2009

Falei do passado na última coluna e me dei mal. Disse que não houve incidentes na partida entre Corinthians e Fluminense em 1976, e que tudo se passou em santa paz. Fui corrigido pelo meu velho amigo, e grande diretor, Julio Xavier, citado na coluna e que, na ocasião foi ao Maracanã. Ao contrário do que afirmei, o carro do Julio foi emboscado na entrada do Rio, com gente pisoteando o capô, a lataria sendo afundada, vidros quebrados e sua camisa do Corinthians arrancada violentamente. Mulheres que estavam no carro também não foram poupadas. Ele me diz, por fim, que soube de facadas e tiros. É isso que dá mexer no passado. Never more.

Por isso quero hoje me dedicar ao presente, e começo com um apelo. Senhores responsáveis pela programação das TVs, pensem um pouco nos pobres telespectadores de S.Paulo. Parem de nos mostrar jogos como os desta semana. Ainda há nesta cidade pessoas que gostam de futebol. Por favor, transmitam os jogos do Internacional de Porto Alegre. Não só em TV fechada, mas aberta, para todo o país, talvez em rede nacional como os pronunciamentos do presidente.

Não adianta mostrar estádios lotados, com multidões esperando milagres de times medíocres. O Vasco deu pena. O time é horrível e, graças a Deus, entrou com um uniforme que nada lembrava o grande Vasco de outros tempos. O Corinthians, por sua vez, entrou de branco da cabeça aos pés, coisa que me lembrou o grande Santos, naturalmente, é claro até a bola começar a rolar. De Palmeiras e Nacional de Montevidéu nem é bom falar, tamanha a mediocridade.

Por que nos são os oferecidos esses jogos? Simples: nunca olhamos as coisas que estão perto. Só vemos o que está longe e daí a razão de assistirmos embevecidosa a Barcelona e Manchester. Nada contra, são grandes times. Mas bem aqui, a uma hora e meia de voo de S.Paulo e Rio, se jogam um futebol de extraordinária qualidade do qual vemos aqui em S.Paulo apenas os gols e alguns lances nos noticiários noturnos.

É pouco.

Eu quero, e acho que muitos comigo, ver mais, muito mais de Taison, Andrezinho, Alecsandro, D'Alessandro e do magnífico Nilmar, de quem até Dunga foi obrigado a reconhecer o talento. Quero ver o Inter de Tite, um treinador que fala às vezes de modo misterioso, mas que transmite honestidade respeito. Aliás, sua saída do Palmeiras foi exemplar. Preferiu deixar o clube a ser desrespeitado. É assim que procede um homem. Tite agora está colhendo o que merecia.

Enquanto os outros times apostam só no físico, na "determinação" e na monotonia da bola parada, o Inter aposta na bola no chão e no talento. No talento, na jogada individual, no drible em coisas que se julgavam perdidas para sempre.
É claro que para jogar assim é preciso ter talento. Mas descobri-lo e valorizá-lo não é a maior das virtudes, o maior dos méritos?

Os meninos do Internacional não surgem do nada. São descobertos, treinados e lançados por gente que tem a cabeça no lugar e sabe o que faz. Inclusive contratar, quando necessário. Não é um time imbatível, pode nem ser campeão, mas muitas vezes o campeão não é o melhor. É só campeão. Por isso renovo o apelo: quando quiserem mostrar futebol, aquele velho futebol, arte, que ninguém sabe exatamente o que é, mas reconhece quando vê, por favor, virem seus olhos e câmeras para o Beira-Rio.

UGO GEORGETTI

Cineasta

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Centenário Colorado

Temporada tem aproveitamento de quase 90% e 25 jogos de invencibilidade

Imagine um time que tem quase 90% de aproveitamento na temporada, não perde há quatro meses, vence quase todos os jogos em casa, é campeão estadual com três vitórias seguidas sobre o maior rival, se aproxima de um título nacional e lidera, mesmo atuando com jogadores reservas, a disputa por outro ainda mais importante. Coloque nele uma camisa vermelha e lembre que tudo isso acontece justamente em um ano especial. A comemoração dos 100 anos de existência do Inter não parece realidade. É o centenário dos sonhos de cada colorado.

Em toda a temporada, o Inter disputou 34 partidas. O retrospecto é absurdo: venceu 29, empatou quatro e perdeu só uma. A única derrota na temporada foi para o União-MT, ainda na primeira fase da Copa do Brasil. O aproveitamento no ano é de 89,2%. No Beira-Rio, são 20 partidas em 2009, com 19 vitórias e um empate. Na última vez em que o Colorado terminou os 90 minutos em desvantagem em casa, acabou se dando bem. Foi no tempo normal do jogo contra o Estudiantes, na final da Sul-Americana 2008. Na prorrogação, Nilmar fez 1 a 1 e a taça ficou em Porto Alegre.

O Inter foi campeão gaúcho invicto, está a um jogo da final da Copa do Brasil e tem 100% de aproveitamento no Brasileirão, mesmo jogando com time misto ou reserva. Em quatro jogos na principal competição do país, são quatro vitórias, incluindo adversários do porte de Corinthians e Palmeiras. O desempenho no Brasileirão surpreende até o técnico Tite.

– Não esperava, porque é um campeonato de nível muito grande. A pontuação é anormal – disse o treinador.

O ataque também é o mais eficiente do país. São 92 gols na temporada. Em menos de um semestre em atividade em 2009, o Inter deve passar da marca do centésimo. A defesa também mostra solidez. No Brasileirão, por exemplo, sofreu apenas um gol em quatro partidas.

Para fazer com que o centenário dos sonhos termine como uma realidade inesquecível, o Inter parte em busca de outros cinco títulos em 2009. A primeira meta é eliminar o Coritiba na quarta e chegar à final da Copa do Brasil para encarar Corinthians ou Vasco. Depois, tem o resto do Brasileirão, a decisão da Recopa diante dos equatorianos da LDU, a Copa Suruga, no Japão, e novamente a Sul-Americana. É um ano cheio de competições a serem disputadas e, pelo menos até agora, de alegrias para o centenário colorado.

As informações são do site Globoesporte.com.